sexta-feira, 11 de setembro de 2015

O Mundo Nasce ao Ritmo do Coração - Naolí Vinaver - México




O Mundo Nasce ao Ritmo do Coração - Naolí Vinaver - México - O vídeo-poema mostra uma série de imagens fotográficas e cenas de parto, em uma sequência que envolve o relacionamento do casal, a gravidez, o parto e a amamentação. Sem texto, apenas com músicas típicas, o filme serve tanto para sensibilizar profissionais, quanto para educar casais na preparação para o parto. O vídeo vem em um estojo com mais dois filmes: uma animação sobre como os bebês nascem e uma ficção sobre uma mulher que luta para ter seu parto natural, todos produzidos pela parteira Naoli Vinaver.


Música
"Tiebaw" por Oumou Sangaré (Google PlayiTuneseMusic)

Categoria
Pessoas e blogs

Licença
Licença padrão do YouTube

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Carta de uma mãe que perdeu o seu bebê

Relembrei desse texto ontem, após saber que uma pessoa de um grupo de gestantes que participo havia perdido o seu bebê após o nascimento. Como doula, nunca tive essa experiência de morte materna, fetal ou infantil, mas sei que não estamos isentos de vivenciarmos momentos tão dolorosos como esse. 
Imagino, só imagino, o quanto triste pode ser esse momento para a família. Acolher, respeitar pode ser o caminho a ser seguido por nós que estamos de fora, mesmo estando presente. 

Carta de uma mãe que perdeu o seu bebê


Quando estiver tentando ajudar uma mulher que perdeu um bebê, não ofereça sua opinião pessoal sobre sua vida, suas escolhas, seus projetos para seus filhos. Nenhuma mulher nesta situação está procurado por opiniões (de leigos) sobre porque isto aconteceu ou como ela deveria se comportar.

Não diga: É a vontade de Deus. Mesmo se nós somos membros de uma mesma congregação, a menos que você seja um dirigente desta igreja e eu estiver procurando por sua orientação espiritual, por favor, não deduza o que Deus quer para mim. A vontade de Deus é que ninguém sofra. Ele apenas permite.
Apesar de saber que muitas coisas terríveis que acontecem são permitidos por Deus, isto não faz estes acontecimentos menos terríveis.

Não diga: Foi melhor assim havia alguma coisa errada com seu bebê. O fato de haver alguma coisa errada com o bebê é que me faz tão triste. Meu pobre bebê não teve chance. Por favor, não tente me confortar destacando isto.

Não diga: Você pode ter outro. Este bebê nunca foi descartável. Se tivesse a escolha entre perder esta criança ou furar meu olho com um garfo, eu teria dito: Onde está o garfo? Eu morreria por esta criança, assim como você morreria por seu filho. Uma mãe pode ter dez filhos, mas sempre sentirá falta daquele que se foi.

Não diga: Agradeça a Deus pelo(s) filho(s) que você tem. Se a sua mãe morresse num terrível acidente e você estivesse triste, sua tristeza seria menor porque você tem seu pai?

Não diga: Agradeça a Deus porque você perdeu seu filho antes de amá-lo realmente. Eu amava meu filho ou minha filha. Ainda que eu tenha perdido meu bêbê tão cedo ou quando nasceu, eu o amava.

Não diga: Já não é hora de deixar isto para trás e seguir em frente? Esta situação não é algo que me agrada. Eu queria que nunca tivesse acontecido. Mas aconteceu e faz parte de mim para sempre.A tristeza tem seu tempo que não é o meu ou o seu.

Não diga: Eu entendo como você se sente. A menos que você tenha perdido um bebê, você realmente não sabe como eu me sinto. E mesmo que você tivesse perdido, cada um vivencia esta tristeza de modo diferente.

Não me conte estórias terríveis sobre sua vizinha, prima ou mãe que teve um caso parecido ou pior. A última coisa que preciso ouvir agora é que isto pode acontecer seis vezes pior ou coisas assim. Estas estórias me assustam e geram noites de insônia assim também como tiram minhas esperanças. Mesmo as que tenham tido final feliz, não compartilhe comigo.

Não finja que nada aconteceu e não mude de assunto quando eu falar sobre o ocorrido. Se eu disser antes do bebê morrer… Ou quando eu estava grávida…não se assuste. Se eu estiver falando sobre o assunto, isto significa que quero falar. Deixe-me falar. Fingir que nada aconteceu só vai me fazer sentir incrivelmente sozinha.

Não diga Não é sua culpa. Talvez não tenha sido minha culpa, mas era minha responsabilidade e eu sinto que falhei. O fato de não ter tido êxito, só me faz sentir pior. Aquele pequenino ser dependia unicamente de mim para trazê-lo ao mundo e eu não consegui. Eu deveria trazê-lo para uma longa vida e não pude dar-lhe ao menos sua infância. Eu estou tão brava com meu corpo que você não pode imaginar.

Não me diga: Bem, você não estava tão certa se queria ter este bebê… Eu já me sinto muito culpada sobre ter reclamado sobre mal estar matinais ou que eu não me sentia preparada para esta gravidez ou coisas assim. Eu já temo que este bebê morreu porque eu não tomei as vitaminas, comi ou tomei algo que não devia nas primeiras semanas quando eu não sabia que estava grávida.

Eu me odeio por cada minuto que eu tenha limitado a vida deste bebê. Se sentir insegura sobre uma gravidez não é a mesma coisa que querer que meu bebê morra, eu nunca teria feito esta escolha.

Diga: Eu sinto muito. É o suficiente. Você não precisa ser eloqüente. As palavras dizem por si.

Diga: Ofereço-lhe meu ombro e meus ouvidos.

Diga: Vocês vão ser pais maravilhosos um dia ou vocês são os pais mais maravilhosos e este bebê teve sorte em ter vocês. Nós dois precisamos disso.

Diga: Eu fiz uma oração por vocês. Mande flores ou uma pequena mensagem. Cada uma que recebi, me fez sentir que meu bebê era amado. Não envie novamente se eu não responder.

Não ligue mais de uma vez e não fique brava (o) se a secretária eletrônica estiver ligada e eu não retornar sua chamada. Se nós somos amigos íntimos e eu não estiver respondendo suas ligações, por favor, não tente novamente. Ajude-me desta maneira por enquanto.

Não espere tão cedo que eu apareça em festas infantis e ou chás para bebes ou vibre de alegria no dia das mães. Na hora certa estarei lá.

Se você é meu chefe ou companheiro de trabalho:

Reconheça que eu sofri uma morte em minha família não é simplesmente uma licença médica. Reconheça que além dos efeitos colaterais físicos, eu vou estar triste e angustiada por algum tempo. Por favor, me trate como você trataria uma pessoa que vivenciou a morte trágica de alguém que amava. Eu preciso de tempo e espaço.

Por favor, não traga seu bebê ou filho pequeno para eu ver. Nem fotos. Se sua sobrinha está grávida, ou sua irmã teve um bebê há pouco, por favor, não divida comigo agora. Não é que eu não possa ficar feliz por ninguém mais, é só que cada vez que vejo um bebê sorrindo ou uma mãe envolta nesta felicidade, me traz tanta saudade ao coração que eu mal posso agüentar. Eu talvez diga olá, mas talvez eu não consiga reprimir as lágrimas. Talvez ainda se passarão semanas ou meses antes que eu fique pelo menos uma hora sem pensar nisso. Você saberá quando eu estiverpronta.Eu serei aquela que perguntará pelos bebes, ou como está aquele garotinho lindo?

Acima de tudo, por favor, lembre-se que isto é a pior coisa que já me aconteceu.

A palavra morte é pequena e fácil de dizer. Mas a morte do meu bebê é única e terrível. Vai levar um bom tempo até que eu descubra como conviver com isto.

Fonte: Psicodoula

segunda-feira, 8 de junho de 2015

PROCEDIMENTOS DESNECESSÁRIOS NO RECÉM-NASCIDO


PROCEDIMENTOS DESNECESSÁRIOS NO RECÉM-NASCIDO


Por: Bruna Romanini



Foto: Getty Images

Procedimentos desnecessários no recém-nascido podem causar anemia, alergias, arritmia cardíaca e outros problemas


Existem alguns procedimentos desnecessários que certos hospitais insistem em fazer de forma rotineira nos recém-nascidos. Quando realizados sem real necessidade, esses procedimentos podem causar uma série de problemas de saúde no recém-nascido. Saiba quais são eles, quando precisam ser feitos e os problemas de realiza-los sem necessidade.

Aspiração gástrica
A aspiração gástrica pode ser necessária para o recém-nascido em algumas situações. “Se o bebê nascer deprimido e com muito mecônio pode vir a ser necessário, ou até manter a sonda aberta para saída dos gases que serão usados via oral para reanimação”, explica o pediatra neonatologista Jorge Huberman.

Quando realizada de forma rotineira e sem necessidade a aspiração gástrica pode ser prejudicial para o recém-nascido. “A grande maioria dos bebês, mesmo os nascidos de cesárea, não precisam ser aspirados. A aspiração pode levar a diminuição de frequência cardíaca, espasmos de laringe, queda da pressão arterial e dificuldade de mamar nos bebês”, constata Huberman.

Aspiração das vias aéreas
A aspiração das vias aéreas é orientada em algumas situações específicas. “Quando nascer deprimido e houver mecônio espesso associado e quando se suspeitar de atresia de coanas ou de má formação esofágica”, observa Huberman.

Os potenciais riscos de realizar a aspiração das vias áreas sem necessidade são: arritmias cardíacas, laringoespasmo (oclusão da glote devido à contração dos músculos da laringe) e vasoespasmo da artéria pulmonar. “A grande maioria dos bebês nascem bem e não precisam ser aspirados. Eles são perfeitamente capazes de limpar suas próprias vias aéreas (tossindo e espirrando). Além disso, os bebês que nascem por parto vaginal, ao passar pelo canal de parto, os pulmões do bebê são massageados, provocando a expulsão natural dos líquidos. A aspiração, tanto a orotraqueal (pela boca) quanto a nasotraqueal (pelo nariz) causam muito desconforto para o bebê”, alerta Huberman.

Cortar o cordão umbilical enquanto pulsa
Não é recomendado cortar o cordão umbilical antes dele parar de pulsar. “De acordo com evidências científicas este procedimento aumenta aumenta a incidência de anemia na infância. É possível também aguardar a expulsão da placenta antes do clampeamento do cordão umbilical”, conta Huberman.

Sondagem anal
É comum introduzir uma sonda no ânus do bebê para verificar se a passagem está desobstruída. “Uma alternativa seria aguardar ao menos 24 horas para ver se o bebê faz cocô e só depois observar se é necessário fazer o procedimento”, diz Huberman.

Separar o recém-nascido da mãe
Nos partos hospitalares, o neonatologista normalmente após realizar os procedimentos desnecessários mencionados acima, permite apenas um breve contato do bebê com a mãe na sala de parto e já leva o recém-nascido para o berçário para ficar em observação entre duas a quatro horas. “Esse procedimento não tem justificativa no caso de um bebê saudável e é prejudicial para o estabelecimento do vínculo bebê-mãe (família) e para o início da amamentação”, ressalta Huberman.

Banho dado pela equipe de enfermagem
Ao contrário do que muitos acreditam o primeiro banho do bebê não precisa ser realizado pela equipe de enfermagem. “O primeiro banho do bebê é dado normalmente por uma enfermeira, que, com mãos enluvadas esfrega bem o bebê para retirar toda ‘sujeira’ e entregá-lo ‘limpinho’ à família. O bebê costuma nascer com algum vérnix no corpo (substância oleosa esbranquiçada que reveste a pele do bebê quando ele está no útero), o qual é totalmente absorvido nas primeiras horas de vida do bebê. A família pode escolher que o primeiro banho do bebê seja dado no momento que quiserem, por alguém da própria família, que tocará no bebê com mãos sem luvas e com carinho”, observa Huberman.

Oferta de líquidos ao bebê
É comum que se dê ao bebê, no berçário e sem o consentimento ou conhecimento da família, uma mamadeira com soro glicosado ou leite modificado. “Isto pode interferir na amamentação e predispor o bebê a alergias”, alerta Huberman.

Outro procedimento polêmico é o uso do colírio de nitrato de prata, saiba mais sobre o assunto nesta outra reportagem do portal BebêMamãe.com. Algumas atitudes realizadas na mulher durante o parto também podem causar problemas de saúde e são consideradas violência obstétrica, veja quais são nesta outra reportagem do portal BebêMamãe.com.

Visualizando a Dilatação

A dilatação do colo do útero acontece durante o trabalho de parto,  para que o bebê passe pelo canal do parto. O colo do útero dilata naturalmente quando o corpo está pronto para o parto, mas quando é necessário acelerar o processo, a dilatação pode ser estimulada usando medicamentos ou técnicas homeopáticas. 
Aos poucos o colo vai dilatando até atingir a marca de 10 cm, que não tem relação direta com a hora de empurrar ou do bebê nascer. Algumas mulheres, mesmo com dilatação completa, ainda precisam de um tempo para sentir os puxos (vontade de fazer força) e o bebê nascer.